Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo

  • 15/01/2025

Entre as cidades que admitiram não oferecer o serviço estão São Gonçalo e Duque de Caxias, segunda e terceira cidades mais populosas do Estado. Os municípios que dizem fazer são: Rio, Niterói, Queimados, Guapimirim, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Japeri. Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo Nove das 17 cidades que compõe a Região Metropolitana do Rio, o Grande Rio, admitiram que não possuem o serviço de coleta seletiva de lixo. Entre esses municípios estão São Gonçalo e Duque de Caxias, segunda e terceira cidades mais populosas do Estado. Na última terça-feira (14), o RJ2 mostrou que a capital, apesar de oferecer o serviço da coleta seletiva, recicla apenas 0,5% do lixo reciclável que produz. Cidades que não têm coleta seletiva: São Gonçalo; Duque de Caxias; Itaboraí; Magé; Maricá; Itaguaí; Paracambi; São João de Meriti; e Belford Roxo. Entre os municípios que fazem a separação dos materiais recicláveis estão Rio De Janeiro, Niterói, Queimados, Guapimirim, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Japeri. Seropédica, onde fica o aterro sanitário que recebe todo o lixo misturado da capital e de vários municípios da Região Metropolitana, não respondeu aos questionamentos do RJ2. É importante destacar que nem todas as cidades que dizem fazer a coleta seletiva tem o serviço porta a porta. Em pelo menos três municípios, os interessados devem fazer contato com a prefeitura para se cadastrar e ter os recicláveis coletados. Desperdício de R$ 1 bilhão por ano A omissão dos municípios que não separam os recicláveis tem um custo. Segundo um dos maiores pesquisadores da realidade da Região Metropolitana, o arquiteto e urbanista Vicente Loureiro, o desperdício pode chegar a aproximadamente um R$ 1 bilhão por ano. "Eu fiz umas contas e Isso daria o orçamento equivalente ao do município de São João de Meriti ou Belford Roxo por ano, se somar todos os desperdícios que estão por trás dessa falta de consciência mesmo e de percepção do quanto se joga fora por não fazer a reciclagem regular do lixo produzido na região", explicou o especialista. Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo Reprodução TV Globo Sem a coleta seletiva, toneladas de materiais recicláveis vão parar no lugar errado, gerando riscos para a população dessas cidades. Para o presidente do Instituto Movimento Nacional Eu Sou Catador, a coleta seletiva gera emprego, renda e ganhos ambientais importantes. "Eu acho que falta esse entendimento de que coleta seletiva não é um favor, que a coleta seletiva não é responsabilidade dos catadores, coleta seletiva é responsabilidade do município", disse Tião Santos. O que dizem os citados Sobre as cidades que tentamos ligar na reportagem para checar se é possível se cadastrar no serviço de coleta seletiva, a prefeitura de Nova Iguaçu informou que não houve atendimento nesta quarta-feira por ser ponto facultativo no município. A prefeitura de Nilópolis não nos retornou. Já sobre as cidades que não possuem serviço de coleta seletiva, a prefeitura de São Gonçalo disse que os moradores podem levar os materiais para reciclagem em ecopontos. As prefeituras de Duque de Caxias e Magé responderam que já têm projetos para dar início à coleta seletiva. As prefeituras de Itaboraí, Maricá, Itaguaí e São João de Meriti afirmaram que estão estudando a implantação de um serviço de coleta. A prefeitura de Belford Roxo não respondeu se pretende criar a coleta seletiva.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/01/15/nove-cidades-do-grande-rio-admitem-nao-ter-servico-de-coleta-seletiva-de-lixo.ghtml


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